A febre dos Realitys shows de gastronomia

A febre dos Realitys shows de gastronomia

De uns anos para cá, os realitys shows de gastronomia invadiram a TV e conquistaram o brasileiro de uma forma que transformou a cozinha em glamour e chefs em celebridades. 

Com a estreia de MasterChef Brasil, na Band, em 2014, Paola Carosella, Erick Jacquin e Henrique Fogaça deixaram de ser simples chefs de restaurantes para se tornarem referências em todo território nacional. 

Junto a eles e toda a equipe encabeçada pela apresentadora Ana Paula Padrão, a gastronomia alcançou novos públicos e ganhou novas abordagens. 

O interesse por cozinhar passou a ser mais plural – homem, mulher, velho e jovem: todos entenderam que têm espaço na cozinha.

De acordo com esta reportagem do jornal Estado de São Paulo, o sucesso dos programas de competição culinária, além de estimular o hábito de cozinhar, também aumentou a busca por especializações em gastronomia.

Dessa forma, certamente o mercado envolvendo alimentação tem uma expectativa de crescimento nos próximos anos.

O sucesso dos programas e a relação do brasileiro com a comida

Para a surpresa de muitos, o MasterChef não é pioneiro ao investir em culinária na TV. Apesar do seu sucesso, os programas matinais, como o Mais Você, apresentado por Ana Maria Braga, sempre investiram nessa combinação.

Em contrapartida, MasterChef Brasil conseguiu atingir um público mais plural, impulsionando as demais emissoras a investirem também em competições culinários. São vários exemplos, como Bake Off Brasil (SBT), Mestre do Sabor (Globo) e Jogo de Panelas (Globo).

Segundo Ana Paula Padrão, o programa provocou mudanças tanto no consumidor quanto no empreendedor. “O Masterchef tem uma importância muito grande no cenário da gastronomia brasileira.  Primeiro porque realmente mudou a relação com que o brasileiro tem com a comida. A gente evoluiu como país, o Brasil deixou de ser um país pobre para ser um país classe média. As pessoas passaram a deixar de pensar na comida como uma maneira de manter-se vivos e passaram a pensar na comida como um prazer que você pode ter ou compartilhar. Isso é um ponto muito importante”, disse ao site Observatório da Televisão.

Para a jornalista, o brasileiro passou ter uma nova imagem do chef de cozinha. “Ser chefe de cozinha hoje é um privilégio. É uma profissão bonita e respeitada. E antigamente íamos para o restaurante e não queríamos saber quem estava na cozinha, a gente queria saber se iria chegar um prato bom na sua mesa. Hoje não. Hoje as pessoas querem saber quem está por trás daquele prato, quem criou àquilo. Hoje você valoriza o criador daquela refeição. Cada criação tem uma assinatura e você se apega com algumas delas e valoriza quem está no bastidor da cozinha.”

Os reality shows de culinária também despertaram o interesse dos brasileiros em experimentar os mais variados ingredientes, sabores, texturas e pratos, impulsionando, sobretudo, os restaurantes regionais. 

Além disso, conseguiram mostrar como são os bastidores de grandes espaços gastronômicos, o funcionamento de equipamentos inteligentes de cozinhas profissionais e técnicas menos exploradas pela grande massa.

“Diferentemente do americano, o brasileiro tem costume de cozinhar, mas esses programas ajudam a descobrir coisas como curry, por exemplo. Hoje uso vários temperos e não tenho medo de experimentar comidas diferentes. Também busco fugir um pouquinho do tradicional para a pessoa entender que ela não precisa comer sempre o mesmo”, disse Izabel Alvares, campeã da segunda edição do programa.

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